Exmos. Senhores
Neste Momento de Alegria e de festa para a população de Vermoim, é com muita satisfação e orgulho que cumprimento os presentes.
Começo por deixar aqui uma palavra de enaltecimento e de apreço, para 2 pessoas que começaram toda esta “prenda” que hoje tão solenemente aqui estamos a inaugurar.
Pessoas que infelizmente já não estão no nosso meio mas que estão no nosso pensamento e no nosso coração.
São essas pessoas – a quem estendo um forte abraço com saudades – o Dr. José Vieira de Carvalho e o Sr. Moisés Maia.
Confio que estarão tão satisfeitos e felizes como nós estamos hoje, e que, tal como nós, olham para esta casa com muito orgulho e muita satisfação.
ORGULHO PELA SUA OPORTUNIDADE
ORGULHO PELA SUA GRANDIOSIDADE
SATISFAÇÃO PELA SUA CONCRETIZAÇÃO
E estendo este abraço não apenas em meu nome. Faço-o em nome da Direcção que presido, em nome da Assembleia-Geral, em nome do Conselho Fiscal e em nome de uma população anónima. Faço-o, no fundo, em nome de toda a gente que sonhou esta obra, e em nome daqueles que dela poderão usufruir. De todos nós, um agradecimento sincero.
Queria aqui deixar claro, o quanto foi, e é, também, importante para nós registar a sensibilização e carinho com que fomos recebidos pelos familiares dos sócios que assinaram o Auto de Posse como primeiros membros desta Instituição aquando da entrega dos convites para esta Inauguração. Não posso, assim, deixar de os nomear: os familiares de Manuel Amadeu Tomé dos Santos Rebelo, de Altino da Silva Gomes, de António Rocha, do fundador António da Silva Pato Júnior e de Rodrigo Ferreira da Silva. Infelizmente não nos foi possível contactar os familiares de Armando da Silva Oliveira, pois encontram-se no estrangeiro.
Ao herdarmos esta casa herdamos com certeza uma casa que muito diz à população de Vermoim.
Fundada em 1943 por um punhado de Vermoenses para servir um estrato mais carenciado da população da altura, como eram os “moços” ou criados da Lavoura, serviu como equivalente à nossa Segurança Social com um consultório médico e enfermagem.
Teve também uma valência desportiva: Andebol de onze, Andebol de sete, Futebol disputando os campeonatos respectivos da FNAT e depois do Inatel. Disputaram-se nos terrenos do campo da Casa do Povo interessantes jogos com a Âmbar, Têxtil de Arcozelo, Têxtil Abel Alves de Figueiredo de Santo Tirso, Cerâmica de Valadares, mas os mais aguerridos eram os que opunham os nossos atletas com o vizinho Barca. Grandes tardes de confraternização. Aquilo que fez com que Vermoim na altura tivesse algum protagonismo entre as outras localidades, foi com certeza este seu Clube de Futebol. E teve ainda uma valência Recreativa, com um Rancho Infantil e quem sabe algo mais, que agora não me ocorre mencionar, omissão pela qual peço já as minhas desculpas.
Faz parte do nosso programa recuperar e preservar todo este historial, expondo as taças que restam, já que algumas desapareceram, assim como um álbum de fotografias com todas as memórias.
Só com o apoio destes alicerces do passado, seremos capazes de construir um futuro sólido. Assim, mais uma vez, presto homenagem a quantos criaram, utilizaram e serviram esta Casa do Povo. A todos eles, o nosso bem-haja.
Olhemos agora para os dias de hoje e para o amanhã.
Temos aqui uma bela casa! Casa essa que foi possível, porque a população de Vermoim comprou, em devido tempo, um terreno para a construção de um Campo de Futebol. Esse terreno serviu para fazer uma permuta com a Câmara Municipal: a Câmara construiu esta Casa, dotando-a de alguns requisitos para poder funcionar, e a Casa do Povo, cede o Campo de Futebol para aí ser construído um parque de jogos. Este acordo está já a ser parcialmente cumprido.
Nesta oportunidade e como membros eleitos para um mandato de 3 anos, cabe-nos dar seguimento a tudo aquilo que nos deixaram e que sabemos que os nossos antecessores gostariam de ter feito. Vamos procurar honrar esses compromissos.
A Casa do Povo irá funcionar com algumas valências culturais. Já procuramos e continuamos a procurar parcerias com várias Instituições, Associações, Empresas e demais interessados. Vamos colaborar com energia com a Câmara Municipal, Junta de Freguesia, para que os nossos conterrâneos possam ter mais entretenimento e lazer, e na medida do possível, uma melhoria na sua qualidade de vida. Estaremos abertos a qualquer sugestão para engrandecer esta instituição.
Uma das aspirações do Povo de Vermoim seria com certeza ter um Lar de Dia. É uma preocupação que também partilhamos, e, sabendo o quanto é difícil, talvez possamos utilizar as instalações para Centro de Dia, que pensamos não ser tão exigente.
Está traçado em passos gerais aquilo que nos propomos implantar, com nosso programa. Reconhecemos que não é muito ambicioso, mas pensamos ser realista, um programa que vamos tentar cumprir. Há muito caminho a percorrer, e para o podermos fazer, precisamos urgentemente de alcançar os 500 sócios – vamos já nos 120 – e temos esperança que brevemente atingiremos esse número.
Uma palavra em particular aos representantes autárquicos que temos o prazer de ter connosco:
Sr. Presidente da Câmara Municipal, Eng. Bragança Fernandes;
Sr. Presidente da Assembleia Municipal, Sr. Luciano Gomes;
Sr. Presidente da Junta, Dr. Aloísio Nogueira
Nós, o povo de Vermoim, esperamos que esta casa seja o motor de arranque para outras obras, com ou sem inauguração pomposa.
Como tivemos oportunidade de dizer ao Sr Presidente da Câmara, aquando da nossa apresentação, não iremos gastar muito do seu precioso tempo, porque sabemos que no concelho existem outras situações bastante mais complicadas.
E termino, não sem antes deixar daqui uma palavra de carinho e amor para as nossas esposas, pois, se no final tivermos sucesso, foi, concerteza com o seu apoio e elas terão tido tanto ou mais sucesso que nós.
Obrigado pela vossa presença e pela paciência que tiveram em me escutar.
A todos o meu muito, muito obrigado.
Despeço-me com um abraço e até sempre se Deus quiser.